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Nota de Repúdio


A Associação da Advocacia Trabalhista do Pará – Subseção de Parauapebas/PA, por seu Presidente, Dr. Rômulo Oliveira da Silva, representando todos os seus associados e seguramente externando o sentimento de toda a advocacia paraense, vem a público manifestar o seu mais profundo repúdio ao abominável e ignominioso ataque sofrido pelo cidadão Edmilson Gomes de Anchieta, morador de rua de 36 anos, ocorrido nesta madrugada de quinta-feira (25/10/2018) enquanto dormia na rua e foi covardemente atacado por marginais ainda não identificados, os quais, sem dar-lhe a mínima chance de defesa, derramaram substancia inflamável, e impiedosamente atearam fogo, provocando queimaduras em praticamente 100% de seu corpo e levando-o em estado grave ao Hospital Geral de Parauapebas/PA, onde permanece internado e com a vida em risco.

Há exatos 21 anos, na capital federal, crime semelhante vitimava o índio Pataxó Galdino de Jesus dos Santos, incendiado vivo enquanto dormia, e traumatizava a nação brasileira, tanto pela crueldade como pela prova da autoria de jovens da alta sociedade. Houve, neste triste incidente da história brasileira, uma reação nacional à futilidade e à covardia do crime. Todos ficaram profundamente tristes e indignados e seguiu-se forte reação da sociedade civil e das instituições.

Neste rincão do norte do Brasil, neste Pará de recorrentes notícias trágicas, de tantos crimes bárbaros, as instituições e, pior, a própria sociedade, de tão assolada pela violência e pela criminalidade, parecem ter desenvolvido certa resistência à indignação, à pronta reação, de modo que nenhum crime, por mais monstruoso que seja, provoca a reação das pessoas ou das autoridades. Anestesiados, estamos perdendo a própria sensibilidade humana, e muitos já perderam a esperança.

Perplexa com este trágico crime, a advocacia trabalhista conclama toda a sociedade paraense, especialmente a do sul do estado, a exigir das autoridades constituídas que sejam tomadas providências enérgicas para identificar e responsabilizar criminalmente os autores de tão horrendo crime. Que este não seja mais um dos crimes sem solução que se avolumam nas prateleiras dos fóruns e das delegacias do Pará.

Por fim, verdadeiramente sensibilizada com a dor sofrida pela vítima, a advocacia trabalhista reitera a sua solidariedade e profunda indignação com este horrendo crime, rogando a Deus para que seja restabelecida a saúde deste que sofreu ataque tão desumano.

Rômulo Oliveira da Silva Presidente da ATEP/Parauapebas

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